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Rolando,rolando serra abaixo,
Vem caindo em borbotões de prata
Qual luz do céu submergindo
No solo que a circunda e embeleza.
Continua seu rosário neste mundo.
Cascatas por encostas verdejantes
Vem saciar a sede dos que sofrem,
Vem inundar de êxtase o amor em chamas.
Tristonha , quieta, a soluçar baixinho,
Vem morrendo sozinha num gemido
Para perder-se no horror estático que guardam os pantanais em que agoniza...
Enfurecida esquece a doçura que um dia
A fez tão soberana e bela.
Destrói pontes, casas e cidades.
Enche de dor o coração do homem. Abençoada pelos Céus que assiste
À triste luta de manter-se pura
A água que hoje é testemunha
Do desamor que habita o mundo...
Grandiosos mananciais, mares e rios!
Quem a vós se referiu um dia:
“O mar secará em suas entranhas
E o sertão virará um oceano”.
Água sagrada que o mundo desdenhou um dia!
Poemas de : Fausta Nogueira Pacheco
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